Não é só no Brasil!
Roubo de fios nos EUA gera R$ 323 milhões em prejuízo.
Por: Canal Tech | Data: 04/11/2025 18:43 - Atualizado em 04/11/2025 18:46
Além de ser um problema de segurança pública no Brasil, o roubo de cabos de telecomunicações também causa prejuízos nos Estados Unidos. Só em relação à infraestrutura da operadora AT&T, já são 7 mil casos registrados em 2025, segundo um levatamento da própria empresa.
Somadas, as ocorrências já causaram danos com custo estimado de US$ 60 milhões, ou R$ 323 milhões em conversão direta.
Já a operadora Verizon apontou que os locais mais afetados foram a Califórnia e o Texas, com ataques que ocorrem de forma repetida nas mesmas regiões.
Por lá, a dinâmica é similar ao que é visto no Brasil: ladrões têm confundido cabos de fibra óptca com fios de cobre, e assim destroem redes modernas que não possuem valor de revenda.
Na prática, os roubos levam ao uso de recursos que poderiam ser usados em projetos de expansão e melhoria da rede. Para os clientes, interrupções no serviço são percebidas como um efeito direto.
Nos Estados Unidos, o vandalismo à infraestrutura de telecomunicações é considerado um crime grave em apenas 28 dos 50 estados.
Por isso, há um movimento das operadoras para a criação de leis estaduais mais rígidas, além da realização de campanhas de conscientização pública.
No Brasil, o roubo de fios e cabos no setor de energia elétrica cresceu fortemente na última década. O prejuízo direto, apenas com a reposição dos fios, foi de R$ 26 milhões em 2024, conforme a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee).
Parte de todos esses custos é repassada aos consumidores por meio das contas de luz.
Também se estima que o volume de material roubado já chega a cerca de 100 toneladas. No total, esses furtos causaram 88.870 interrupções elétricas em 2024, com uma duração média de 8,64 horas, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Já os prejuízos indiretos, que incluem fatores como a interrupção de serviços diversos, podem chegar a R$ 1 bilhão anualmente, segundo estimativa do Sindicato Interestadual da Indústria de Material Elétrico e Eletrônico (Sindcel).